“Francis Bacon, num exercício de reflexão sobre o “saber”, defende que a importância de o homem conquistar novos conhecimentos tem duas dimensões: a significação da questão para a qual procura resposta e as aplicações decorrentes da conquista desses novos conhecimentos.
Sendo que todo o conhecimento é indissociável dos complexos científicos e tecnológicos que informa e pelos quais é legitimado, o modo como um investigador ou uma instituição consegue disseminar os resultados das suas pesquisas bem como comunicar as evidências da sua aplicabilidade, é preponderante para que estas sejam aceites quer socialmente quer pelos seus pares.
Se durante as últimas décadas do século XX, as redes digitais de informação e de comunicação, com todo o seu potencial e diversidade de recursos, tiveram um papel fundamental no modo como através da rede e na rede, foi possível, neste contexto, potenciar a comunicação e o caráter cumulativo da ciência, terá sido no início do século XXI, como a otimização dos repositórios institucionais de acesso livre, que se tornou possível almejar a democratização do acesso a esse conhecimento, agora exposto a novos níveis de escrutínio e de validação e, consequentemente, potenciador de novos “saberes”.